quinta-feira, 29 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Agora é pra você.

Nada ficou escondido, oculto ..
Ainda assim,
Você quis ...
Insistiu
Ligou
Falou o que quis ...
Pressionou até
Aceitei
Gostei do que ouvi
Assimilei
Me desarmei
Me mostrei
Me abri pra você
A consciência pesou
Tarde demais pra voltar
pra recuar
pra fazer de conta
que nada existiu
Conquistou
Tá conquistado...
Desprezou
Magoou
Voltou ...
e voltou
como se realmente
nada tivesse acontecido
Magoou novamente
Em um eterno vai-e-vem
O desprezo aparece mesmo
sem querer
A inconstância do teu gostar
do teu querer
parte
a cada dia
uma pétala
da flor
chamada
amor
Agora
é só Paz que quero
Mesmo que eu continue
sentada na pedra
esperando...
Tenha certeza
que nela,
não cabe mais você...
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Ella
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Eu Quis
Quis tanto que você fosse o meu encontro.
Quis tanto dar, tanto receber.
Quis precisar, sem exigências.
E sem solicitações, aceitar o que me era dado.
Sem ir além, compreende?
Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana.
Mas o que tinha, era seu.
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Caio Fernando Abreu
domingo, 18 de outubro de 2009
Espectros de Quimeras

Erguem-se em noite densa
Voláteis feridas.
Fantasmas do passado
Que me acompanham
Bailando nos meus olhos.
Labaredas crepitantes
Levitam saltitantes
Reavivam meus sentires.
N’alma em nudez
Ardentes e silentes
Afloram sentimentos
Desaguando em trampolins
Agonizantes,dilacerantes
Na paisagem noturna do meu ser.
Espectros de quimeras
Povoando caminhos que persigo
São cativeiros que amordaçam os sonhos meus,
Sequestrando os sentimentos,
Esboçando um esgar como se sorrisos fossem.
"Onde estão os beijos que sonhaste,
Maria das Quimeras, sem quimeras?..."
Voláteis feridas.
Fantasmas do passado
Que me acompanham
Bailando nos meus olhos.
Labaredas crepitantes
Levitam saltitantes
Reavivam meus sentires.
N’alma em nudez
Ardentes e silentes
Afloram sentimentos
Desaguando em trampolins
Agonizantes,dilacerantes
Na paisagem noturna do meu ser.
Espectros de quimeras
Povoando caminhos que persigo
São cativeiros que amordaçam os sonhos meus,
Sequestrando os sentimentos,
Esboçando um esgar como se sorrisos fossem.
"Onde estão os beijos que sonhaste,
Maria das Quimeras, sem quimeras?..."
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Florbela Espanca
Ao Amor antigo

não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
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Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
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Vinicius de Moraes
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
O corpo Exige

O que me pede, eu faço.
Às vezes, não entendo logo suas ordens, mas
cedo sempre.
Me achego a ele e indago:
-O que queres? Ah, é isso? Então, concedo.
Sempre que eu resisti
um de nós saiu-se mal.
Nas 24 horas do dia, ele pede,
e quando cala, fala
num discurso de sonhos
que me abala.
Ele sabe. Eu sei que ele sabe,
e sabe antes de mim, e nele
eu sei dobrado, sou um-e-dois
como os dois cortes de um sabre.
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Affonso Romano de Sant'Anna
terça-feira, 13 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
O Operário em construção
com um raio de sol a brincar no talvegue de teus seios.
e me darás a boca em flor; as minhas mãos amantes
te buscarão longamente e tu virás de longe,
do fundo do teu ser de sono e plumas
para me receber; nossa fruição
será serena e tarda; repousarei em ti
como o homem sobre o seu túmulo, pois nada
haverá fora de nós. Nosso amor será simples e sem tempo (...)
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Vinicius de Moraes
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Memória

deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão
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Carlos Drummond de Andrade
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