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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Teu corpo



Impetuoso, o teu corpo é como um rio
onde o meu se perde.
Se escuto, só oiço o teu rumor.
De mim, nem o sinal mais breve.

Imagem dos gestos que tracei,
irrompe puro e completo.
Por isso, rio foi o nome que lhe dei.
E nele o céu fica mais perto.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Somos folhas


Somos folhas breves onde dormem aves de silêncio e solidão.
Somos só folhas 

ou o seu rumor.
Inseguros, incapazes de ser flor, até a brisa nos perturba e faz tremer.
Por isso a cada gesto que fazemos cada ave se transforma noutro ser

segunda-feira, 15 de março de 2010

Palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,

nas suas conchas puras?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Silêncio

Tu já tinhas um nome,

e eu não sei se eras

fonte ou brisa ou mar ou flor.

Nos meus versos chamar-te-ei amor.

* *

E fica a vida suspensa.

É como se um rio cantasse:

em redor é tudo teu;

mas quando cessa o teu canto

o silêncio é todo meu.
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